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Em qualquer pescaria, um aspecto técnico do qual o pescador não tem como fugir é a confecção de um nó, ainda que da forma mais simples. Os nós são utilizados principalmente para unir extremidades - como atar a linha aos anzóis e snaps, por exemplo - e em emendas, nas quais são atadas duas linhas ou a linha a um encastoado de aço. Um aspecto real e bastante debatido relaciona-se ao enfraquecimento das linhas pelo nó. Para fugir desse problema alguns pescadores são contrários ao uso do leader. Porém, na pesca de predadores que brigam sujo, como tucunarés e robalos, o uso de um bom leader é indispensável. E aí o surgimento de colas para linhas de nylon se mostra como uma alternativa. Mas enquanto não inventarem uma linha que já "vem colada ao anzol" não haverá como fugir completamente do nó. A verdade é que, se observados alguns detalhes básicos, o atado de nós não traz maiores problemas. Vejamos então quais são as principais regras para a confecção de um bom nó: 1- Use o nó correto para cada situação: são muitas as opções de nós que podem ser atados pelo pescador e cada um se adapta (ou tem um melhor desempenho) a uma situação especifica. 2- Evite atar linhas de diâmetros muito diferentes: atar linhas de diâmetros muito díspares dificulta bastante a execução do nó e, muitas vezes, compromete o seu resultado final. Caso seja necessário fazer isso, utilize um nó que se ajuste melhor à essa condição. 3- Observe cuidadosamente a ordem correta dos passos: existe uma ordem adequada para a execução de cada passo na hora de atar um nó. Puxar uma laçada no momento errado pode fazer com que o nó se arrebente quando tracionado. 4- Apare bem as pontas da linha: depois de atar o nó, apare bem as pontas da linha. Lembre-se que a linha só corre em nós mal dados. Portanto, se o nó tiver sido atado de forma correta, a linha pode ser cortada bem rente, sem maiores problemas. 5- Utilize um trim para aparar a linha: o instrumento que apresenta melhor desempenho na hora de se cortar linhas e aparar suas pontas é o trim. Ele finaliza de forma segura o atado, diminuindo muito os riscos de danificar a linha na hora de aparar as pontas. 6- Observe cuidadosamente o aspecto final do nó: nós com aspecto ruim, laçadas sobrepostas, e principalmente "mordidas na linha", devem ser cortados e refeitos. Afinal, não vale a pena arriscar... 7- Teste o seu nó antes de começar a pescar: muitas vezes o nó, embora apresente um ótimo aspecto visual, enfraquece a linha que pode arrebentar sem o menor esforço na fisgada do primeiro peixe. Puxando as partes unidas de forma moderada, o pescador pode descobrir se o nó enfraqueceu a linha ou não, tendo assim a chance de refazê-lo. 8- Não utilize produtos químicos para lubrificar as laçadas: como são muitos os polímeros usados na confecção das linhas de pesca, nunca se sabe quando um desses lubrificantes irá enfraquecer a linha. 9- Embora alguns não gostem dessa prática, muitos pescadores acreditam que lubrificar o nó com saliva melhora o seu desempenho e permite um melhor ajuste das laçadas. Nó único Este talvez seja um dos nós mais usados em função da facilidade com que é feito e pelo seu bom resultado final. É recomendado para atar extremidades e pode amarrar a linha a um anzol, snap ou girador. Outro aspecto interessante é que pode ser usado para linhas de grandes espessuras. Siga os passos e apare a ponta bem rente no final com um trim. Passe a linha pelo olho do anzol e faça uma laçada; Dê 4 ou 5 voltas sobre os segmentos que passaram pelo olho;
Puxe a sobra e
aperte até formar o corpo do nó;
Dê o aperto final,
puxando pela linha principal e apare as pontas. Nó de sangue É um tipo de nó muito interessante para ser usado em emendas de linha. Fácil de ser executado, ele apresenta a particularidade de conservar bem a resistência natural da linha. Seu inconveniente é o fato de que só deve ser usado para unir linhas de diâmetros muito próximos. Com certeza é a melhor opção para emendar a linha após "aquela cabeleira com final trágico"... Ao final apare as pontas bem rente com o trim. Firme as pontas que serão unidas;
Dois outros tipos de nós que o pescador precavido não pode deixar de conhecer são: o nó "trilene" e o "nó único" para emendas. De atado extremamente útil e simples, eles podem ser feitos tanto em casa, no momento dos preparativos para a pesca, quanto no barco ou barranco. Siga os passos e vamos lá... Nó trilene O próprio para atar extremidades, ele é uma das melhores opções para se prender o anzol, o snap ou o girador à sua linha. Isso porque tem a propriedade de conservar quase que 100% da resistência original da linha. Além disso, para se atar um trilene não existem complicações. É só aparar rente com o trim e linha na água. Passe a linha duas vezes pelo olho do anzol; Dê 4 ou 5 voltas na linha e passe sua ponta pelo arco formado; Aperte bem e apare as pontas. Nó único para emendas é uma variação de um dos nós que vimos semana anterior, o "nó único", que é usado para atar extremidades. O "uniknot" para emendas é, possivelmente, o mais simples dos nós de emenda. Contudo, no atado deste nó, a linha perde uma parte considerável de sua resistência. Passe a linha pelo olho do anzol e faça uma laçada; Dê 4 ou 5 voltas sobre os segmentos que passaram pelo olho; Puxe a sobra e aperte até formar o corpo do nó; Dê o aperto final, puxando pela linha principal e apare as pontas. Nó albright
Nó de sangue compensado Esta é apenas uma variação do nó de sangue simples, que já ensinamos. O interessante deste nó é que a compensação do número de voltas, no lado da linha fina, tende a equilibrá-lo e evitar que a desigualdade das laçadas cause o "amassamento" e, consequentemente, o enfraquecimento da linha fina. Com isso, ele pode também ser usado para unir linhas de diâmetros diferentes, o que não era recomendado para o "blood knot" simples. Portanto, se você gostou e se deu bem com o nó de sangue, o nó compensado é uma ótima opção!
Nó palomar Um nó de confecção simples para atar
extremidades e, talvez, seja o preferido da maioria dos pescadores para essa
situação, porque realmente apresenta algumas vantagens. 2 - Logo após faça uma meia volta com a linha dupla. Se possível evite que as linhas se enrolem nesta etapa.
3 - Passe o objeto desejado por dentro da laçada da linha dupla, um pouco além da meia volta. 4 - Puxe a ponta da linha e a linha principal até que o nó fique bem apertado. Corte a ponta da linha uns dois milímetros depois do olho do objeto
Nós para iscas artificiais
Nó para empate de anzol com pata
Nó Homer Rhode Loop Este é um nó fácil de ser feito e que pode ser utilizado com anzóis, plugs, colheres e outras iscas artificiais. Sua principal característica é permitir um melhor trabalho da isca, pois através de um alça (loop) formada entre o nó e o olho do anzol os movimentos da isca tornam-se mais livres, atraindo a curiosidade dos peixes. O Homer Rhode Loop é um nó bastante resistente e quando feito corretamente, torna-se ideal para aguentar a briga com peixes grandes. Pode ser feito com linha pesada, como a de 100 lb ou até mais.
Faça um laço através de uma meia-volta, cerca de 10 cm acima da ponta da linha. Em seguida, introduza a linha pelo olho do anzol (ou isca artificial).
Depois, passe a ponta da linha por dentro do laço e então aperte um pouco este primeiro nó, encostando-o ao anzol. Não é necessário apertar forte
Um segundo nó será feito, passando a ponta da linha em torno da principal. Este nó deve ser apertado com bastante força (um alicate pode ajudar a dar maior firmeza).
Finalmente, puxe a linha principal para efetuar a união dos dois nós, que será feita a alguns centímetros do olho do anzol. Passar um pouco de saliva na linha, antes de correr os nós.
Eight Knot ( nó do oito) É, sem dúvida, o nó mais simples e rápido para atarmos o encastoamento, encapado ou não, ao anzol.
Passe a ponta do encastoamento por dentro do olho do anzol, trazendo-a de volta, como mostra a figura.
Passe a ponta por trás do encastoamento e também por dentro da primeira argola formada Segure o anzol e a ponta e puxe pelo encastoamento, até apertar bem. Corte rente.
Surgeon's knot Um dos nós mais simples e rápidos para unir duas linhas de diâmetros diferentes, para criar um "shock tippet". Ele funciona melhor se a resistência da linha grossa for, no máximo, cinco vezes superior a da linha fina.
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