Pesca&Dicas

MANUTENÇÃO DE  CARRETILHAS E MOLINETES
 


   

 

Todo pescador tem muito carinho com sua tralha sem falar do orgulho. Afinal, são anos e anos aprimorando nossa caixa de pesca, além dos milhares de reais que já foram investidos. Entre todos os itens que possuímos, as varas, carretilhas e molinetes, são sem dúvida os mais delicados e os que requerem maiores cuidados. Nada pode ser mais decepcionante do que ficarmos, durante uma pescaria, com um equipamento inutilizado por falta de manutenção.

Em se tratando de equipamento de pesca, quanto mais bem cuidado ele estiver menos surpresas desagradáveis nos trará em nossas pescarias. Na maioria das vezes essa manutenção é muito fácil de ser feita.

Por serem peças fundamentais em nossas pescarias, as carretilhas e molinetes têm que estar sempre funcionando muito bem. O cuidado com esses importantes e caros equipamentos deve começar pelo seu transporte, o qual deve ser realizado com cuidado, embalando-se muito bem estes materiais já que, dentro do estojo de pesca, soltos, costumam riscar e até quebrar. Há alguns anos atrás existia uma preocupação constante em manter com o gerente da nossa conta no banco uma linha direta já que, na época, as melhores embalagens para as carretilhas e molinetes era os sacos de moedas utilizados pelos bancos, que fabricados em tecido grosso, serviam perfeitamente a essa finalidade. Hoje já existem embalagens especiais para esse fim, sendo algumas até acolchoadas de espuma para evitar choques no transporte.


clique nas fotos para ampliá-las

 


 Porém, antes de embalarmos nossos equipamentos, existem outros detalhes a serem observados.

A primeira dica refere-se à lavagem, principalmente quando realizamos pescarias em água salgada. Atualmente, tanto molinetes com carretilhas têm vedação muito mais segura do que os modelos antigos e, assim sendo, é mais difícil que a água salgada penetre dentro das engrenagens, a não ser, é claro, que tenham contato direto com a água.

Após usar seu equipamento em uma pescaria normal, o pescador, assim que chegar em casa, terá que lavá-lo muito bem. A melhor maneira de se fazer isso é quando se está tomando banho, aproveitando a água quente do chuveiro e o sabonete. Use uma esponja com bastante sabonete e lave muito bem externamente, inclusive fazendo movimentos de enrolar, se for carretilha, para que a espuma penetre bem na linha. No caso de molinetes, é só tirar o carretel e lavar. Após a lavagem, enxágüe em água quente e ponha para secar na sombra.  É costume dar-se algumas sacudidas no equipamento para retirar o excesso de água. Feito isso, coloque-o em local arejado, em cima de uma flanela e deixe secar por alguns dias. Após verificar que o equipamento está bem seco, use um óleo lubrificante de sua preferência, colocando uma quantidade mínima em pontos principais, tais como: manoplas, parafusos de aperto da fricção e do carretel, guia linha, desarme de lances, etc.  Não coloque óleo em excesso, pois irá prejudicar seu equipamento. Feito isso, é hora do equipamento voltar à sua embalagem de pano, também em local arejado.


Esta limpeza é recomendada apenas para equipamentos recém revisados e que não caíram na água ou na lama e nem foram usados em água salgada.

Uma limpeza mais aprimorada e com resultados mais confiáveis, deve ser feita da seguinte forma:

  1. Depois de aberto o molinete ou a carretilha, remover a graxa e a sujeira em geral com querosene e o auxílio de um pincel,
  2. Utilizar muita água para eliminar qualquer resíduo de querosene,
  3. Deixar secar bem na sombra,
  4. Aplicar uma mistura de óleo mineral e graxa em todo o mecanismo, e apenas óleo nos rolamentos,
  5. Após remontar totalmente o equipamento, aplicar silicone spray na parte externa, pois o mesmo forma uma película protetora.

   A embalagem é um item muito importante, já que fora dela, será inevitável que a poeira penetre e acumule, com o passar do tempo, em peças vitais.

No que se refere às varas, não devemos deixá-las sujeitas a longas exposições ao sol, sem serem trabalhadas, pois as mesmas podem se deformar. Devemos ainda, ao voltarmos da pescaria lavá-las com sabão neutro, secá-las na sombra e aplicar silicone spray.


Outro cuidado importante é com o carretel de linha, seja ele de molinete ou carretilha. A linha de pesca deve ser trocada periodicamente. No caso de carretilhas usadas em água salgada, recomenda-se a troca a cada três pescarias e, em água doce, a cada cinco pescarias. Se o equipamento utilizado for o molinete, troque a linha a cada duas pescarias em água salgada e a cada quatro pescarias em água doce. As linhas usadas em molinetes devem ser trocadas com mais freqüência, pois este equipamento as enfraquece e torce mais do que a carretilha. Na hora da troca por uma linha nova, tenha a preocupação de lavar muito bem o carretel vazio, o que poderá ser feito após a pescaria, na hora do banho, Quando for colocar a nova linha, passe antes um pano úmido em álcool no carretel e deixe secar bem.

Outras dicas que ajudarão nossos equipamentos a estarem sempre em boas condições são:

  1. Não tentar puxar o peixe ou o anzol de enrosco, recolhendo a linha com a carretilha ou o molinete, o certo mesmo é recolher com o auxílio da vara,
  2. Não praticar pesca mais pesada do que o equipamento permitir,
  3. Nunca encher o equipamento com graxa, pois a mesma além de endurecer com o tempo, tem a capacidade de reter o sal,
  4. Nunca usar graxa pura, e sim misturada com óleo mineral,
  5. Se usar desengripantes ou antiferruginosos em spray, lavar muito bem o equipamento, removendo quaisquer resíduos dos produtos, pois os mesmos ressecam e deformam peças de plástico e de nylon (buchas),

Atualmente fala-se mito em turbinar equipamentos. Este procedimento consiste em melhorar suas características originais, tais como: 

  1. Substituição de buchas por rolamentos, pois as buchas se desgastam, permitindo assim que os eixos trabalhem com folga, comprometendo o resto do mecanismo.
  2. No caso das carretilhas, menor atrito provocado pelos rolamentos permite melhores arremessos.
  3. Refazendo carretéis, de modo a melhorar o arremesso, tornando-os mais cônicos, porém diminuindo um pouco a capacidade de linha.

Basicamente estes são os procedimentos do famoso “turbinamento” de equipamentos.

No que se refere ao conserto, mais de 80% das peças podem ser refeitas, inclusive todas as metálicas especialmente as dos modelos mais antigos e fora de linha.

Quanto ao custo, é altamente compensador fazermos periodicamente a revisão de nossos equipamentos em uma oficina especializada, pois assim estaremos prolongando por muito tempo sua vida útil. É compensadora também a substituição de peças quebradas ou de buchas por rolamentos.

No segundo caso, o que gastaremos com o ganho de qualidade e durabilidade, não supera o custo de um equipamento eu já venha originalmente “equipado”.

 


clique nas fotos para ampliá-las

 

E, finalmente, se você quiser mais informações e tiver algum equipamento para ser revisado ou consertado, existem muitos locais especializados. Mas, citarei apenas um que já me atendeu várias vezes com honestidade e competência.

Casa Caça e Pesca de Pinheiros
Rua Martin Carrasco, 68 - Pinheiros
São Paulo- SP
Fones: 0xx11 - 3816.8099 / 3814.1757 / 3819.4471

voltar

   
| PESQUEIROS | NÓS PARA PESCA | RIO GUARAÚ | ARTIGOS | BUSCA FONES | TEMPO |
| HOME | RECEITAS | FOTOS | SPLIT SHOT | MASSAS | BUSCA CEP | E-MAIL | GIRADOR | EMPATE DE AÇO |
© Copyright - 2002-2003 - Pesca & Dicas - All rights reserved